OURO DE TOLO! TEXTO DR MAGNO BRASIL

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OURO DE TOLO! Mais um texto feito com satisfação e carinho de sempre, nosso relacionamento de cumplicidade se materializando nos números altíssimos de acessos e visualizações dos textos, é o que nos motiva para continuar com o compromisso de levar trabalho de qualidade para vocês que são a razão do nosso trabalho, a coluna Dr Magno Brasil e Magno Brasil nos respectivos sites www.radiowebregional.com.br e www.esportems.com.br, são reconhecidas nacionalmente, só gratidão.

O texto OURO DE TOLO, escrita pelo mestre e gênio Raul Seixas continua atual, um músico além do seu tempo, ele retrata algo inerente ao ser humano que a satisfação e acomodação que a psicologia enquanto ciência e profissão também trabalha essa questão, qual a definição de felicidade?e plural e uma incógnita, será que ter realizações profissionais e materiais é felicidade?aí que vem com força o questionamento de Ouro de Tolo, podemos ter tudo material mais o vazio pode continuar e gerar um sentido de incompletude, porque tem o emocional, o social, com muitas situações que podemos fazer pra nós melhorarmos como ser humanos, ser mais altruístas, humanizados, solidários e por aí vai.

Texto de José Magno Macedo Brasil, Psicólogo com Especialização em Abordagem em Psicanálise ESCREVE GRATUITAMENTE A TITULO DE DIVULGAÇÃO

O desapego é algo importante para nós tornarmos mais cidadãos no repartir não só o material e sim o humanizar, OURO TOLO também nos dá a oportunidade de pensar e repensar nossa participação social, é muito direta ser um Dr, policial, professor e diversas profissões, pode aparentemente nos realizar, mas qual nossa contribuição social?títulos pode nos deixar inertes e acomodados?temos muito que questionar só não podemos ficar cheio de ganhos matérias esperando a morte chegar, o sofrimento nos faz superar as dificuldades, que sirva de aprendizado, teremos outros textos pra falar desse grito de despertar da mensagem dessa letra.

É pra reflexão de realmente se a importância é só material, claro não estamos com hipocrisia todos queremos ter qualidade de vida e lutamos pra isso, mas será que só isso basta?vamos conversando sobre essa questão, é na luta que a gente se encontra abraços.

Vou encerrando com essa música atemporal, desse músico atemporal do mestre e gênio Raul Seixas essa música antológica tão atual como nunca, a linda música OURO DE TOLO é assim:

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou o dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar um Corcel 73
Eu devia estar alegre e satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa
Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso, abestalhado
Que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto: E daí?
Eu tenho uma porção
De coisas grandes pra conquistar
E eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Pra ir com a família no Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos
Ah! Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho
Se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa 10% de sua cabeça animal
E você ainda acredita
Que é um doutor, padre ou policial
Que está contribuindo com sua parte
Para o nosso belo quadro social
Eu é que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada, cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora dum disco voador
Ah! Eu é que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada, cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê